31 janeiro, 2007

Coisas que se dizem a sussurrar

Uma pequena homenagem a todos aqueles sons que saem de uma boca tão perto de um outro ouvido.

Sschhh... Não digam nada, deixem-se estar e deixem-se levar...



A música
É com músicas como esta que me orgulho de ser Indie e não Emo, senão nunca iria conseguir compreender toda a sua subtileza e a doçura da sua subjectividade. Os Lesser Birds Of Paradise são uma banda de Chicago que pediram o nome emprestado a um pássaro raro típido da Oceania, mais conhecido entre nós como a Ave-Do-Paraíso. Esta música está presente no álbum Space Between de 2006.



The laws of physics
Always push you around
And gravity's presence
Always brings you down

Invite the vibrations
And the waves they employ
Submit to this motions
Try not to avoid

The oceans of contexts
That swell from within
And the slippery meanings
That walk on their fans

Empower the atoms
So they know just what to wear
Explosive deep mushrooms
Try not to split hairs

Groovy molecules
Always know just what to say
I envy the photons
That light up the way

From my lens to your lens
And the space in between
How they bounce of your eyelids
And they move through your jeans

Invite the vibrations
And the waves they employ
Submit to these motions
Try not to avoid

Those laws of physics
Always pushing you around
And that gravity's presence
Always letting you down

Groovy molecules
Always know what to say

 
 

 
     

28 janeiro, 2007

Bandas Sonoras

Ainda a recuperar de uma semana estranhamente estúpida cheia de pequenos (exames, defesas, etc. ) e grandes (perdi grande parte do conteúdo do meu computador, incluindo as músicas) percalços. Bom, é uma espécie de recomeço, uma vez que a minha vida está no computador. Vá lá, não sou geek, é a minha profissão... Não, a sério, não sou geek. Não sou nada! Eu nem gosto de jogos de computador... E a Playboy não é a minha homepage... E o meu wallpaper não é um carro super-desportivo com linhas exóticas e um qualquer nome italiano... E não gosto de futebol... E... (Já perceberam a ideia, certo?)

Para compensar a ausência, aqui vai não uma, nem duas, mas três músicas (e três fotografias) de seguida.

As músicas


A banda sonora ideal para um dia frio e cinzento, Uma versão arrepiante de Capitão Romance dos Ornatos Violeta pela voz fabulosa da Margarida Pinto (Coldfinger) e com arranjos não menos geniais de Tó Trips (Lulu Blind, Dead Combo).


Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou

Eu vi
Mas não agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentir
E dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz

Eu vi
Mas não agarrei





Fantcha é uma cabo-verdiana a viver em Nova Iorque que consegue, mesmo assim, manter toda a tradição musical (e todo aquele sol) de Cabo Verde, com fortes influências da inevitável Cesária Évora (sim, é diferente, mas está todo o sabor). Banda sonora ideal para uma noite de conversa com os amigos com um bom vinho tinto e o gira-discos velhinho no chão.


Sol jà cambà
Noite djà bêm
Lua djà subi
Ondas na mar
Ronkà tambê
Tud ê spididda uniâo di nosso amor

l catêm mundo
Catêm mâe
Catêm pai
Nem ninguêm ki tà trame
Dessi nhâ amor pa bô

Mi djunto di bô
Vistido di branco
Là naquel altar
Djam ka krê tchigâ
Ku ess sorriso franco
Ai sima bô olhar
Quand bô flame k'ma sim





Um bocadinho de tropicália depois do mar português e do sol de Cabo Verde. Charlie Byrd é um guitarrista de Jazz americano que se apaixonou pela Bossa Nova algures na sua vida. O resultado é este jazz com sotaque brasileiro. Banda sonora ideal para um passeio de fim-de-tarde da Ribeira até à foz, daqueles em que não é preciso falar para se ter um sorriso nos lábios.



P.S.: O novo leitor é ainda experimental. Avisem se alguma coisa correr mal.
 
 

 
     

16 janeiro, 2007

De tempos a tempos

A vida às vezes parece ser um ciclo tão repetitivo que se torna aborrecido. Outras vezes vamos por aquele caminho de terra “novo” que nos leva a sítios escondidos onde nunca teríamos ido se continuássemos na confortável e sonolenta auto-estrada.

A todos aqueles que sabem que são meus amigos, as minhas desculpas por andar perdido com a cabeça no ar por tantos caminhos de terra nos últimos tempos, a todos os outros, muito obrigado por me terem mostrado novos caminhos de terra.



A música
Sam Beam é Iron & Wine, um dos melhores músicos dos últimos tempos que nos enfeitiça com a sua simplicidade desarmante. Um novo álbum deve estar aí à porta, mas por enquanto deliciem-se com este Our Endless Numbered Days de 2004 (parece ter sido ontem, mas já lá vão três anos). Assim quase como nota de rodapé, o vídeo foi realizado por ele próprio.


She says wake up, it's no use pretending
I'll keep stealing, breathing her
Birds are leaving over autumn's ending
One of us will die inside these arms

Eyes wide open
Naked as we came
One will spread our
Ashes round the yard

She says if I leave before you darling
Don't you waste me in the ground
I lay smiling like our sleeping children
One of us will die inside these arms

Eyes wide open
Naked as we came
One will spread our
Ashes round the yard

 
 

 

 

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