Os Monstros
Ele era um menino que tinha medo do mundo. Para ele o mundo não era apenas uma bola azul onde senhores de batas brancas julgavam conseguir explicar tudo, armados com microscópios e telescópios. Não, para ele o mundo era muito mais que isso.
Eram as árvores que não existiam só para gerar oxigénio, mas também para assustar com os seus ramos grandes e sombrios a agitar com o vento, eram as nuvens que não serviam só para equilibrar o ecossistema com a chuva, mas também para assustar com os seus raios e trovões, mas era sobretudo o mundo obscuro que se nascia debaixo da cama, escondendo um sem número de monstros malévolos invisíveis aos olhos dos adultos.
O menino gostava de sonhar, gostava daquele mundo mágico onde tudo parecia correr bem, onde não haviam preocupações, nem dor, nem mágoa, apenas todas aquelas coisas que o faziam sentir bem, tão bem que ele pensava que nada o faria sentir melhor no mundo verdadeiro do que naquele mundo sonhado pela sua imaginação.
Mas com todos os sonhos era sempre a mesma coisa, a meio da noite era acordado por algo, por alguma coisa, pelo monstro que se escondia debaixo da sua cama e que ameaçava sair cá para fora para o devorar, e a única forma de ele esquecer a esse medo era voltando a adormecer.
Mas custava-lhe sempre tanto a adormecer, que até já tinha desenvolvido várias técnicas para acelerar o lento procedimento, especialmente quando estava a correr contra o tempo, com o stresse do monstro.
Uma noite, nessa mesma noite que vos relato, enquanto contava até 10 (começando em 0,000001) escondido debaixo dos lençóis, a tremer, inexplicavelmente parou a contagem em 0,003346 e pesou para si próprio: “Se calhar ele tem tanto medo de mim como eu dele”.
E foi então que ele saltou para o chão, levantou o cobertor com a mão a tremer e espreitou para debaixo da cama. Com o coração a bater forte, cada vez mais forte, quase desmaiou ao ver, em vez do monstro, uma menina com o mais belo sorriso do mundo a dizer-lhe com a maior das naturalidades: “Olá! Já reparaste que as nuvens de vez em quando têm umas anteninhas a sair delas?”
Eu não sou perfeito. Eu sei, dizem que ninguém é, mas eu estou a falar agora por mim, e só posso falar por mim quando digo que não sou perfeito. Claro que há situações que realçam as nossas imperfeições, como por exemplo o não dormir, ou o stresse de acabar um trabalho, e tantas outras coisas. Mas as imperfeições estão sempre lá, apenas são realçadas sob estas determinadas situações.
Sei que nos últimos dias tenho sido estúpido para algumas pessoas, mas que me perdoem todas as outras, só vou pedir desculpa a uma delas, porque só o sorriso dela é que me mexe e me acorda de noite para me lembrar que há coisas melhores que sonhos.
A Música
Lá pelo meio dos anos 80, o Kenny Rogers e a Dolly Parton, então uns miúdos, decidiram pedir aos Bee Gees para fazer uma música para cantarem em dueto (não se assustem com a sucessão de nomes... hum... assustadores). Mais de 20 anos depois, os compatriotas canadianos Constantines e a Feist decidiram fazer uma cover da música, ou reinvenção da música, segundo o YouTube. O resultado é algo que me deixa sem palavras.
Baby, when I met you there was peace unknown;
I set out to get you with a fine-tooth comb;
I was soft inside;
There was something going on.
You do something to me that I can't explain;
Hold me closer and I feel no pain,
Every beat of my heart;
We’ve got something going on.
Tender love is blind; it requires a dedication;
All this love we feel needs no conversation;
We can ride it together, uh-uh,
Making love with each other, uh-uh.
Islands in the stream – that is what we are,
No one in-between; how can we be wrong?
Sail away with me to another world,
And we rely on each other, uh-uh,
From one lover to another, uh-uh.
I can't live without you if the love was gone;
Everything is nothing if you’ve got no one,
And you did walk in the night,
Slowly losing sight of the real thing.
But that won't happen to us, and we’ve got no doubt;
Too deep in love and we’ve got no way out,
And the message is clear:
This could be the year for the real thing.
No more will you cry, baby, I will hurt you never;
We start and end as one, in love forever;
We can ride it together, uh-uh,
Making love with each other, uh-uh.
Islands in the stream – that is what we are,
No one in-between; how can we be wrong?
Sail away with me to another world,
And we rely on each other, uh-uh,
From one lover to another, uh-uh.
Sail away.
Oh, come sail away with me.
Islands in the stream – that is what we are,
No one in-between; how can we be wrong?
Sail away with me to another world,
And we rely on each other, uh-uh,
From one lover to another, uh-uh.
Islands in the stream – that is what we are,
No one in-between; how can we be wrong?
Sail away with me to another world,
And we rely on each other, uh-uh,
From one lover to another, uh-uh.
Eram as árvores que não existiam só para gerar oxigénio, mas também para assustar com os seus ramos grandes e sombrios a agitar com o vento, eram as nuvens que não serviam só para equilibrar o ecossistema com a chuva, mas também para assustar com os seus raios e trovões, mas era sobretudo o mundo obscuro que se nascia debaixo da cama, escondendo um sem número de monstros malévolos invisíveis aos olhos dos adultos.
O menino gostava de sonhar, gostava daquele mundo mágico onde tudo parecia correr bem, onde não haviam preocupações, nem dor, nem mágoa, apenas todas aquelas coisas que o faziam sentir bem, tão bem que ele pensava que nada o faria sentir melhor no mundo verdadeiro do que naquele mundo sonhado pela sua imaginação.
Mas com todos os sonhos era sempre a mesma coisa, a meio da noite era acordado por algo, por alguma coisa, pelo monstro que se escondia debaixo da sua cama e que ameaçava sair cá para fora para o devorar, e a única forma de ele esquecer a esse medo era voltando a adormecer.
Mas custava-lhe sempre tanto a adormecer, que até já tinha desenvolvido várias técnicas para acelerar o lento procedimento, especialmente quando estava a correr contra o tempo, com o stresse do monstro.
Uma noite, nessa mesma noite que vos relato, enquanto contava até 10 (começando em 0,000001) escondido debaixo dos lençóis, a tremer, inexplicavelmente parou a contagem em 0,003346 e pesou para si próprio: “Se calhar ele tem tanto medo de mim como eu dele”.
E foi então que ele saltou para o chão, levantou o cobertor com a mão a tremer e espreitou para debaixo da cama. Com o coração a bater forte, cada vez mais forte, quase desmaiou ao ver, em vez do monstro, uma menina com o mais belo sorriso do mundo a dizer-lhe com a maior das naturalidades: “Olá! Já reparaste que as nuvens de vez em quando têm umas anteninhas a sair delas?”
Eu não sou perfeito. Eu sei, dizem que ninguém é, mas eu estou a falar agora por mim, e só posso falar por mim quando digo que não sou perfeito. Claro que há situações que realçam as nossas imperfeições, como por exemplo o não dormir, ou o stresse de acabar um trabalho, e tantas outras coisas. Mas as imperfeições estão sempre lá, apenas são realçadas sob estas determinadas situações.
Sei que nos últimos dias tenho sido estúpido para algumas pessoas, mas que me perdoem todas as outras, só vou pedir desculpa a uma delas, porque só o sorriso dela é que me mexe e me acorda de noite para me lembrar que há coisas melhores que sonhos.
A Música
Lá pelo meio dos anos 80, o Kenny Rogers e a Dolly Parton, então uns miúdos, decidiram pedir aos Bee Gees para fazer uma música para cantarem em dueto (não se assustem com a sucessão de nomes... hum... assustadores). Mais de 20 anos depois, os compatriotas canadianos Constantines e a Feist decidiram fazer uma cover da música, ou reinvenção da música, segundo o YouTube. O resultado é algo que me deixa sem palavras.
Baby, when I met you there was peace unknown;
I set out to get you with a fine-tooth comb;
I was soft inside;
There was something going on.
You do something to me that I can't explain;
Hold me closer and I feel no pain,
Every beat of my heart;
We’ve got something going on.
Tender love is blind; it requires a dedication;
All this love we feel needs no conversation;
We can ride it together, uh-uh,
Making love with each other, uh-uh.
Islands in the stream – that is what we are,
No one in-between; how can we be wrong?
Sail away with me to another world,
And we rely on each other, uh-uh,
From one lover to another, uh-uh.
I can't live without you if the love was gone;
Everything is nothing if you’ve got no one,
And you did walk in the night,
Slowly losing sight of the real thing.
But that won't happen to us, and we’ve got no doubt;
Too deep in love and we’ve got no way out,
And the message is clear:
This could be the year for the real thing.
No more will you cry, baby, I will hurt you never;
We start and end as one, in love forever;
We can ride it together, uh-uh,
Making love with each other, uh-uh.
Islands in the stream – that is what we are,
No one in-between; how can we be wrong?
Sail away with me to another world,
And we rely on each other, uh-uh,
From one lover to another, uh-uh.
Sail away.
Oh, come sail away with me.
Islands in the stream – that is what we are,
No one in-between; how can we be wrong?
Sail away with me to another world,
And we rely on each other, uh-uh,
From one lover to another, uh-uh.
Islands in the stream – that is what we are,
No one in-between; how can we be wrong?
Sail away with me to another world,
And we rely on each other, uh-uh,
From one lover to another, uh-uh.
2 COMENTÁRIOS:
"hei olha para o céu, está esquisito..."
"foi um avião que passou ali e deixou marcas"
(era só para dizer não gosto de ti quando tentas dar razões ciêntificas e obvias às coisas, ainda que às vezes faça o mesmo mas com menos jeito).
ah também não gosto quando imitas o mr bean em férias.
beijos com chuva!*
Hei!
Eu não imito o Mr. Bean em férias... De onde é que saiu isso?
Começo a ficar complexado por ser comparado por toda a gente ao senhor feijão, se têm algo contra mim digam logo!
Beijos... acho...
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