Cortar o bem pela raiz
(estava a tentar contar isto da mesma forma subjectiva de sempre, mas vou contar tal e qual se passou)
Sabem aquela música do Frank Sinatra, a Something Stupid? Pois é, foi algo mais ou menos assim, o ambiente era perfeito, acolhedor, não estava frio nem um calor excessivo, nós estávamos retirados da confusão, ela olhava-me nos olhos, eu fingia dançar uma melodia de guitarra que vinha de longe, e foi então que ela estragou tudo. Não, perdão, eu estraguei tudo!
Ela disse as palavrinhas mágicas e eu segui com um lacónico e confuso sorriso. Não respondi. Não disse nada, não consegui. O momento com que tanto sonhara nos últimos tempos estava finalmente a acontecer da forma mais perfeita (e quem me conhece sabe que estes meus momentos nunca são perfeitos porque sou um desastrado) e no momento certo, quando só faltava dizer umas palavrinhas não menos mágicas, sorri um sorriso falso e calei-me. Desta vez não foi por falta de coragem nem por falta da mesma auto-confiança que nunca vi na vida (nem sei o que isso é), desta vez foi porque não estava a sentir o que era suposto sentir e a hipocrisia não entra nesta minha ideia absurda de romântico à moda antiga.
Como é que eu posso ser tão estúpido? Ela é bonita, inteligente e gosta de história, de política, de arte, sei lá eu, é perfeita, não tem nada de mal, a não ser isso, talvez, não tem nada de mal. Onde é que está a fricção, onde é que está o receio de que algo corra mal, de que os nossos encontros sejam um fracasso, de que eu não esteja à altura, de que ela não esteja à altura, de que diga algo desinteressante, de que as piadas não tenham piada, de não saber o que dizer a seguir? Onde é que está tudo isto? Com ela não está e isso assusta-me quase tanto quanto me aborrece.
Estou certo que os próximos meses seriam perfeitos ao lado dela, mas também sei que me iria aborrecer ao fim desses meses e que iria tudo acabar como já tinha acabado no passado, com aborrecimento e falta de emoção. Por isso mesmo decidi fazer o que os homens normalmente não fazem, que é cortar o bem pela raiz antes que se torne mau. Sou um burro, eu sei, mas ao menos não me podem acusar de fingir ser algo que não sou.
A Música
Não, não é a Something Stupid do Sinatra mas antes uma Bossa Nova de um par improvável: um americano Smokey Hormel e uma japonesa Miho Hatori que formam os Smokey & Miho.
This long world, like my thoughts
I can change this path, where I'm going
You'll be far away
Put my finger on the spot
And up above, show the way to the ocean so far away
On the road to a paradise
I can look back, there's nothing left for me, anyway
Your eyes so big
When you look at me
Don't ask me why
There's nothing left for me to stay
Tell me, can you hear me now?
Tears are falling into the air
Almost like a clear blue breeze
Can you feel my broken heart?
You're a child, not a man
If I told you why I must stay
You wouldn't understand
Loneliness is a dealers sweep
But it feels good to me
Like the sand on my feet
Tell me, can you hear me now?
Tears are falling into the air
Almost like a clear blue breeze
Can you feel my broken heart?
All I want to say
Nothing but goodbye
All I want to see
The ocean in your eyes
All I want to say
Nothing but goodbye
All I want to see
The ocean in your eyes
Sitting on a secret beach
Like this, smelling through the sea
The ocean takes my fear away
Can you hear my heart?
All I want to say
Nothing but goodbye
All I want to see
The ocean in your eyes
Sabem aquela música do Frank Sinatra, a Something Stupid? Pois é, foi algo mais ou menos assim, o ambiente era perfeito, acolhedor, não estava frio nem um calor excessivo, nós estávamos retirados da confusão, ela olhava-me nos olhos, eu fingia dançar uma melodia de guitarra que vinha de longe, e foi então que ela estragou tudo. Não, perdão, eu estraguei tudo!
Ela disse as palavrinhas mágicas e eu segui com um lacónico e confuso sorriso. Não respondi. Não disse nada, não consegui. O momento com que tanto sonhara nos últimos tempos estava finalmente a acontecer da forma mais perfeita (e quem me conhece sabe que estes meus momentos nunca são perfeitos porque sou um desastrado) e no momento certo, quando só faltava dizer umas palavrinhas não menos mágicas, sorri um sorriso falso e calei-me. Desta vez não foi por falta de coragem nem por falta da mesma auto-confiança que nunca vi na vida (nem sei o que isso é), desta vez foi porque não estava a sentir o que era suposto sentir e a hipocrisia não entra nesta minha ideia absurda de romântico à moda antiga.
Como é que eu posso ser tão estúpido? Ela é bonita, inteligente e gosta de história, de política, de arte, sei lá eu, é perfeita, não tem nada de mal, a não ser isso, talvez, não tem nada de mal. Onde é que está a fricção, onde é que está o receio de que algo corra mal, de que os nossos encontros sejam um fracasso, de que eu não esteja à altura, de que ela não esteja à altura, de que diga algo desinteressante, de que as piadas não tenham piada, de não saber o que dizer a seguir? Onde é que está tudo isto? Com ela não está e isso assusta-me quase tanto quanto me aborrece.
Estou certo que os próximos meses seriam perfeitos ao lado dela, mas também sei que me iria aborrecer ao fim desses meses e que iria tudo acabar como já tinha acabado no passado, com aborrecimento e falta de emoção. Por isso mesmo decidi fazer o que os homens normalmente não fazem, que é cortar o bem pela raiz antes que se torne mau. Sou um burro, eu sei, mas ao menos não me podem acusar de fingir ser algo que não sou.
A Música
Não, não é a Something Stupid do Sinatra mas antes uma Bossa Nova de um par improvável: um americano Smokey Hormel e uma japonesa Miho Hatori que formam os Smokey & Miho.
This long world, like my thoughts
I can change this path, where I'm going
You'll be far away
Put my finger on the spot
And up above, show the way to the ocean so far away
On the road to a paradise
I can look back, there's nothing left for me, anyway
Your eyes so big
When you look at me
Don't ask me why
There's nothing left for me to stay
Tell me, can you hear me now?
Tears are falling into the air
Almost like a clear blue breeze
Can you feel my broken heart?
You're a child, not a man
If I told you why I must stay
You wouldn't understand
Loneliness is a dealers sweep
But it feels good to me
Like the sand on my feet
Tell me, can you hear me now?
Tears are falling into the air
Almost like a clear blue breeze
Can you feel my broken heart?
All I want to say
Nothing but goodbye
All I want to see
The ocean in your eyes
All I want to say
Nothing but goodbye
All I want to see
The ocean in your eyes
Sitting on a secret beach
Like this, smelling through the sea
The ocean takes my fear away
Can you hear my heart?
All I want to say
Nothing but goodbye
All I want to see
The ocean in your eyes
3 COMENTÁRIOS:
tenho saudades tuas... pra quando um copo de chá em copo de pé alto?
Eu acho que continuas a falar em metáforas, não percebi nada nem mesmo depois de me teres explicado em pormenor, melhor, especialmente depois de me teres explicado em pormenor.
sempre foste bastante determinado não acredito que só à última da hora é que te irias aperceber disso tudo, cá para mim o problema é a menina do sorriso
e não me venhas com as tuas respostas lacónicas, sabes bem que tenho razão
tenho dito.
ouvi dizer o q s passou c o tiago e acho q fizeste muito bem ele andava a pedi-las!!
tu realmente não paras d m surpreender
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