Clubbin’
Era já tarde quando entrámos no pequeno barzinho daquela zona chique da cidade. O ambiente era calmo e acolhedor, estava diferente da última vez que lá tinha ido. As cadeiras foram substituídas por sofás e puffs, as mesas eram agora do tamanho do chão e a decoração era em tons de preto e vermelho.
As pessoas estavam descontraídas e mal vestidas, longe vão os tempos em que os clubes se chamavam discotecas e o código de vestuário era uma lista tão longa quanto amaricada. Ainda me lembro de ser chateado por vários senhores entroncados e carecas por tentar entrar com umas sapatilhas coloridas e calças de ganga, ou ténis e jeans, como diz a malta local.
O DJ agora não estava num pedestal da altura da torre das Antas e deixou de passar a tecnolândia dos subúrbios alimentada a vinil para passar uns sons nórdicos muito mais estilizados e urbanos directamente do iPod.
Fomos encaminhados pelo segurança para a zona VIP (como se fosse possível distinguir uma zona da outra) onde nos aguardava o RP (outra modernice para denominar o Relações Públicas, ou melhor, o gajo dos copos que conhece toda a gente). Na mesa estavam duas lésbicas muito pouco discretas, uma das quais abraçada ao RP (o gajo dos copos), duas outras raparigas que emanavam mais brilho que uma bola de espelhos (outra coisa que caiu em desuso) à custa de tanta maquilhagem, não esquecendo os dois quilómetros de pestanas falsas que deviam pesar uns bons dois quilos de maçãs (vá-se lá perceber o fascínio das mulheres pelas pestanas). Estavam também na mesa dois gajos normais com t-shirts que nunca deviam ter saído da feira da ladra, sapatilhas com mais de 20 anos de uso, 30 anos se contarmos desde a data em que foram fabricadas e cabelos despenteados à mão (ok, esses éramos nós…).
Aquelas pessoas acabaram por me surpreender de uma forma estranha. Não esperei nunca que por entre conversas acompanhadas por cerveja (e não um qualquer cocktail com nome tropical) fossem ser abordados temas tão pouco light como política internacional e economia. Mas foram, e deu para perder o preconceito e ver que por baixo da maquilhagem afinal sempre há ali, algures, seres humanos escondidos. Os melhores momentos são mesmo os que nos apanham de surpresa!
A Música
Bonobo é na verdade Simon Green, um DJ británico com nome de macaco, um mestre do downtempo, ou como a malta gosta de lhe chamar, Chillout. Então para descontrair do stresse dos dias ocupados que ficaram para trás, aqui fica este Ketto quase japonês, quase Dub.
As pessoas estavam descontraídas e mal vestidas, longe vão os tempos em que os clubes se chamavam discotecas e o código de vestuário era uma lista tão longa quanto amaricada. Ainda me lembro de ser chateado por vários senhores entroncados e carecas por tentar entrar com umas sapatilhas coloridas e calças de ganga, ou ténis e jeans, como diz a malta local.
O DJ agora não estava num pedestal da altura da torre das Antas e deixou de passar a tecnolândia dos subúrbios alimentada a vinil para passar uns sons nórdicos muito mais estilizados e urbanos directamente do iPod.
Fomos encaminhados pelo segurança para a zona VIP (como se fosse possível distinguir uma zona da outra) onde nos aguardava o RP (outra modernice para denominar o Relações Públicas, ou melhor, o gajo dos copos que conhece toda a gente). Na mesa estavam duas lésbicas muito pouco discretas, uma das quais abraçada ao RP (o gajo dos copos), duas outras raparigas que emanavam mais brilho que uma bola de espelhos (outra coisa que caiu em desuso) à custa de tanta maquilhagem, não esquecendo os dois quilómetros de pestanas falsas que deviam pesar uns bons dois quilos de maçãs (vá-se lá perceber o fascínio das mulheres pelas pestanas). Estavam também na mesa dois gajos normais com t-shirts que nunca deviam ter saído da feira da ladra, sapatilhas com mais de 20 anos de uso, 30 anos se contarmos desde a data em que foram fabricadas e cabelos despenteados à mão (ok, esses éramos nós…).
Aquelas pessoas acabaram por me surpreender de uma forma estranha. Não esperei nunca que por entre conversas acompanhadas por cerveja (e não um qualquer cocktail com nome tropical) fossem ser abordados temas tão pouco light como política internacional e economia. Mas foram, e deu para perder o preconceito e ver que por baixo da maquilhagem afinal sempre há ali, algures, seres humanos escondidos. Os melhores momentos são mesmo os que nos apanham de surpresa!
A Música
Bonobo é na verdade Simon Green, um DJ británico com nome de macaco, um mestre do downtempo, ou como a malta gosta de lhe chamar, Chillout. Então para descontrair do stresse dos dias ocupados que ficaram para trás, aqui fica este Ketto quase japonês, quase Dub.
3 COMENTÁRIOS:
Concordo plenamente, os melhores momentos são sempre aqueles que não estávamos à espera, deve ser por isso que gosto dos momentos contigo
aiii desculpa ando lamechas
jinhos****
Joao!, vuelvo a tu blog.
Voy visitándote periódicamente aunque no con la calma que quisiera.
Hoy he recordado cierto tema sobre música INDIE que nos quedó pendiente; escuchaba la radio en mi coche y me sorprendió un tema muy de tu estilo -creo: "tomorrow never comes", de EXPERTS.
Espero te guste y puedas encontrarlo, si no lo conoces ya.
Te mando un abrazo desde tu país vecino!
Ola stone,
Obrigado pelo comentário e pela sugestão! Tentei encontrar a música que me sugeriste, mas não encontrei em lado nenhum.
Por acaso não tens isso em MP3?
Um abraço!
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